Brasil e Dinamarca assinam acordo para estimular parcerias em energias sustentáveis
A Embaixada da Dinamarca no Brasil e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) assinaram nesta quinta acordo para estimular a cooperação nas áreas de desenvolvimento de energia eólica offshore, recuperação energética de resíduos e transição energética.
Atualmente, mais de um terço da produção de eletricidade dinamarquesa vem de turbinas eólicas. A Dinamarca foi o primeiro país do mundo a instalar um parque eólico offshore - o parque de Vindeby na região de Lolland, inaugurado em 1991.
“O Brasil tem enorme potencial para expandir a produção de energia eólica, fortalecendo assim uma matriz energética limpa e ao mesmo tempo diversificá-la. Para a Dinamarca, será gratificante dividir conhecimentos sobre como consolidamos o setor de energia eólica”, afirmou o embaixador Nicolai Prytz.
O acordo prevê que a Dinamarca irá auxiliar o Brasil a elaborar marco regulatório para o desenvolvimento da indústria offshore, assim como oferecer consultoria sobre os impactos sociais e ambientais da instalação de usinas eólicas em alto-mar. O documento estabelece ainda que o país nórdico irá apresentar as melhores práticas adotadas no tratamento de resíduos para a produção de biogás.
A biomassa é uma fonte de energia renovável, mas seu impacto climático depende da forma como ela é utilizada. O compromisso da Dinamarca com o reaproveitamento de resíduos orgânicos tem como símbolo a Usina de CopenHill. Instalada na orla de Copenhague, a usina é capaz de converter 440.000 toneladas de resíduos em energia limpa anualmente. Em seu topo, foi construída uma pista de esqui e área de lazer.
“O aquecimento global traz para todos os países o desafio de repensarem suas matrizes energéticas, buscando formas de oferecer energia limpa, com valor acessível e de forma estável, isto é, sem interrupções. Acredito que a parceria entre Dinamarca e Brasil trará benefícios para os dois lados, porque temos que trabalhar juntos para mitigar as mudanças climáticas”, disse o embaixador dinamarquês.
O acordo assinado nesta quinta faz parte da Iniciativa de Transição de Energia Dinamarquesa - DETI, na sigla em inglês. Lançada em junho, a iniciativa busca ajudar países em todo o mundo a adotar sistemas energéticos mais sustentáveis. Além do Brasil, Colômbia e Paquistão são parceiros prioritários na primeira fase da DETI.