COP 26: É tempo de agir e a Dinamarca está disposta a fazer a sua parte – também na área financeira
Embaixador da Dinamarca no Brasil, Nicolai Prytz, detalha em artigo as políticas adotadas pelo país nórdico para garantir o sucesso da COP26.
A mensagem do último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) é clara: A comunidade internacional deve agir com urgência se quisermos cumprir os objetivos que traçamos em Paris em 2015. A COP26 - a conferência sobre o clima mais importante desde Paris - começa neste domingo (31) e precisamos que todos os países adotem metas mais ambiciosas de redução de emissões de gases que provocam o efeito estufa.
Caso isso não ocorra, teremos que enfrentar um aumento catastrófico da temperatura global em 2,7°C. Isso significará aumento do nível do mar, secas, ondas de calor e tempestades mais frequentes e severas em todo o mundo. São fenômenos já conhecidos no Brasil e que estão acontecendo com maior frequência e força – às vezes com proporções quase apocalíptícas. A gente tem que agir com urgência. É por isso que a Dinamarca se comprometeu a reduzir suas emissões em 70% até 2030. Acreditamos que isso não só é necessário, mas também totalmente possível.
A Dinamarca vai colocar ordem em nossa própria casa, mas também queremos ajudar outros países a fazê-lo. Na COP15, realizada em Copenhague em 2009, os países desenvolvidos prometeram aos países em desenvolvimento 100 bilhões de dólares por ano em financiamentos climáticos. E nós devemos honrar essa promessa. A Dinamarca está pronta para dar a nossa contribuição. Forneceremos pelo menos 500 milhões de dólares anuais até 2023 em financiamentos climáticos e estamos buscando novas parcerias públicas e privadas para aumentar esse valor.
Com essa medidas, a Dinamarca irá atingir 1% da meta coletiva de 100 bilhões de dólares. Isso está muito além da parcela proporcional da Dinamarca e esperamos que o nosso comprometimento incentive outros países desenvolvidos. Cumprir a promessa feita em Copenhague é essencial para garantir as circunstâncias ideais para uma COP26 bem-sucedida.
O recente relatório do IPCC é um lembrete do desafio que a humanidade enfrenta. Mesmo no cenário em que a temperatura global suba 1,5°C, há a necessidade de construir casas e infraestrutura que possam sobreviver a climas extremos, de plantar novas safras que possam suportar o calor, de melhorar a previsão do tempo para prever tempestades e inundações. Os impactos afetam a todos e em todo o mundo, mas os países em desenvolvimento são os mais atingidos. Para esses países, a adaptação às mudanças climáticas não é uma escolha, é uma necessidade.
A adaptação continua sendo a metade negligenciada da equação climática, respondendo hoje por apenas 25% do financiamentos de apoio aos países em desenvolvimento. Pior ainda, a adaptação representa apenas 0,1% do financiamentos privados para amenizar os danos provocados pelas mudanças climáticas. É por isso que a Dinamarca se comprometeu a gastar 60% de doações climáticas em obras de adaptação a partir de 2022. E estamos pedimos a outros países desenvolvidos que se juntem a nós. As parcerias são essenciais para fornecer apoio eficiente para a adaptação climática.
Alcançar as metas do Acordo de Paris requer rápidas reduções na produção de carvão, petróleo e gás natural. Apesar disso, governos em todo o mundo estão planejando aumentar a produção de combustíveis fósseis em uma média de 2% ao ano. A Dinamarca, junto com a Costa Rica, está liderando o trabalho em uma Beyond Oil and Gas Alliance (BOGA) para promover e apoiar a eliminação justa e equitativa da produção de petróleo e gás. Também estamos pressionando por uma parada total na construção de novas usinas à carvão e na exportação de tecnologias de carvão, pois esta é uma das medidas mais eficazes que podemos tomar para limitar o aumento da temperatura global.
O relógio está correndo. O fracasso continua sendo uma possibilidade que não podemos aceitar. É essencial que os países se unam para reconstruir a confiança e restaurar o espírito de Paris. A Dinamarca fará o seu melhor para acelerar a ação e aumentar as ambições, para que possamos transmitir um mundo próspero, justo e sustentável para as próximas gerações.
Saiba mais sobre as iniciativas dinamarquesas para a COP26.
Caso isso não ocorra, teremos que enfrentar um aumento catastrófico da temperatura global em 2,7°C. Isso significará aumento do nível do mar, secas, ondas de calor e tempestades mais frequentes e severas em todo o mundo. São fenômenos já conhecidos no Brasil e que estão acontecendo com maior frequência e força – às vezes com proporções quase apocalíptícas. A gente tem que agir com urgência. É por isso que a Dinamarca se comprometeu a reduzir suas emissões em 70% até 2030. Acreditamos que isso não só é necessário, mas também totalmente possível.
A Dinamarca vai colocar ordem em nossa própria casa, mas também queremos ajudar outros países a fazê-lo. Na COP15, realizada em Copenhague em 2009, os países desenvolvidos prometeram aos países em desenvolvimento 100 bilhões de dólares por ano em financiamentos climáticos. E nós devemos honrar essa promessa. A Dinamarca está pronta para dar a nossa contribuição. Forneceremos pelo menos 500 milhões de dólares anuais até 2023 em financiamentos climáticos e estamos buscando novas parcerias públicas e privadas para aumentar esse valor.
Com essa medidas, a Dinamarca irá atingir 1% da meta coletiva de 100 bilhões de dólares. Isso está muito além da parcela proporcional da Dinamarca e esperamos que o nosso comprometimento incentive outros países desenvolvidos. Cumprir a promessa feita em Copenhague é essencial para garantir as circunstâncias ideais para uma COP26 bem-sucedida.
O recente relatório do IPCC é um lembrete do desafio que a humanidade enfrenta. Mesmo no cenário em que a temperatura global suba 1,5°C, há a necessidade de construir casas e infraestrutura que possam sobreviver a climas extremos, de plantar novas safras que possam suportar o calor, de melhorar a previsão do tempo para prever tempestades e inundações. Os impactos afetam a todos e em todo o mundo, mas os países em desenvolvimento são os mais atingidos. Para esses países, a adaptação às mudanças climáticas não é uma escolha, é uma necessidade.
A adaptação continua sendo a metade negligenciada da equação climática, respondendo hoje por apenas 25% do financiamentos de apoio aos países em desenvolvimento. Pior ainda, a adaptação representa apenas 0,1% do financiamentos privados para amenizar os danos provocados pelas mudanças climáticas. É por isso que a Dinamarca se comprometeu a gastar 60% de doações climáticas em obras de adaptação a partir de 2022. E estamos pedimos a outros países desenvolvidos que se juntem a nós. As parcerias são essenciais para fornecer apoio eficiente para a adaptação climática.
Alcançar as metas do Acordo de Paris requer rápidas reduções na produção de carvão, petróleo e gás natural. Apesar disso, governos em todo o mundo estão planejando aumentar a produção de combustíveis fósseis em uma média de 2% ao ano. A Dinamarca, junto com a Costa Rica, está liderando o trabalho em uma Beyond Oil and Gas Alliance (BOGA) para promover e apoiar a eliminação justa e equitativa da produção de petróleo e gás. Também estamos pressionando por uma parada total na construção de novas usinas à carvão e na exportação de tecnologias de carvão, pois esta é uma das medidas mais eficazes que podemos tomar para limitar o aumento da temperatura global.
O relógio está correndo. O fracasso continua sendo uma possibilidade que não podemos aceitar. É essencial que os países se unam para reconstruir a confiança e restaurar o espírito de Paris. A Dinamarca fará o seu melhor para acelerar a ação e aumentar as ambições, para que possamos transmitir um mundo próspero, justo e sustentável para as próximas gerações.
Saiba mais sobre as iniciativas dinamarquesas para a COP26.