A casa real

Da Monarquia Eletiva à Hereditária
A Família Real dinamarquesa remonta a Gorm, o Velho (enterrado em 958 em Jelling na Jutlândia) e o seu filho Haroldo I da Dinamarca, que transferiu a Capital Real para Zelândia. Esses são os dois primeiros reis que estão certamente relacionados à unificação da Dinamarca. A monarquia era eletiva e a Casa Real tinha seus poderes limitados. De tal forma, Svend II Estridsen, o sobrinho de Knud II o Grande, era filho da irmã de Knud. A Casa Real atingiu seu auge com os "Valdemars", cuja influência se estendeu na maior parte da região Báltica e, mais tarde, novamente com a Rainha Margrethe I, que uniu a Escandinávia na União de Kalmar.

Depois que as linhagens diretas se extinguiram, o Conde Principesco Christian de Oldenburgo foi eleito, em 1448, Rei da Dinamarca sob o nome de Christian I. Ele também era Duque de Schleswig e Conde de Holstein. Ele descendia da Casa Real dinamarquesa por linhas femininas em inúmeras gerações.

A velha Monarquia Dinamarquesa, com seus ritos eletivos tradicionais, existiu até 1661, quando Frederik III introduziu uma monarquia hereditária em sua descendência e de caráter político absolutista, tanto na Dinamarca, quanto na Noruega. Dentre outras coisas, a Lei Real de 1665 delimitou as condições relacionadas à Casa Real, e tais limitações mantiveram força mesmo após a introdução da monarquia constitucional por Frederik VII, sob os termos da Constituição de 5 de Junho de 1849.

Monarquia Constitucional
Com a morte de Frederik VII em 1863, sem sucessor direto ao trono, seu primo, o Príncipe Christian de Glücksburgo, membro de um ramo colateral da Casa Real, reinante nos Ducados do norte da Alemanha e descendente direto da linhagem Real masculina, ascenderam ao trono como Christian IX. Assim, a dinastia passou a ser a Casa de Glücksborg.

Christian IX (1818 - 1906) e a Rainha Luise ficaram conhecidos como "Sogros da Europa", pois sua filha Alexandra era casada com o Rei Edward VII da Grã-Bretanha, sua filha Dagmar era casada com o Czar Alexander III da Rússia e a sua filha Thyra era casada com o Príncipe Ernst August, Chefe da Casa Real de Hanôver e Duque de Cumberland (na Inglaterra). Quando Vilhelm, o filho de Christian IX, tornou-se Rei dos Helenos em 1863 sob o nome de Georgios I, quase todos os príncipes protestantes e ortodoxos da Europa podiam se encontrar no Palácio de Fredensborg para reuniões familiares na casa de Christian IX. Em 1905, seu neto Carl se tornou Rei da Noruega sob o nome de Haakon VII.  

Em 1906, Frederik VIII sucedeu seu pai, mas reinou apenas por um pequeno período, morrendo em 1912. Seu filho mais velho, Christian X (1870 - 1947), marcou a história como o Rei que percorreu a fronteira da Jutlândia com a Alemanhã em 1920, quando a Dinamarca recuperou parte do território perdido em 1864. Em decorrência disso, o Rei se tornou foco do sentimento nacionalista durante a ocupação alemã de 1940 a 1945.  

Em 1935, seu filho mais velho, o último Frederik direto, casou-se com a Princesa Ingrid da Suécia (1910 - 2000), filha do Rei Gustav VI Adolf, ascendendo ao trono em 1947, como Frederik IX. Suas atividades como rei fortaleceram a monarquia constitucional, pois aceitou que o Rei não tivesse papel político preponderante. Como chefe de estado, o monarca participa na formação de novos governos, se posiciona formalmente na direção do governo e representa a Dinamarca no exterior.

De acordo com o Ato de Sucessão, baixado a 27 de março de 1953, o direito de sucessão da Casa dos Glücksborgs foi confirmado e, assim, o trono passaria para os sucessores de Christian X. Dessa forma, os filhos têm preferência sobre as filhas, mas, caso não haja filhos, o trono é herdado pela filha mais velha. Então, com a morte de seu pai, a Princesa Margrethe pôde suceder ao trono como Margrethe II, primeira monarca mulher desde a morte de Margrethe I, em 1412.

A Rainha Margrethe II se casou com Henrik, Príncipe da Dinamarca, no dia 10 de junho de 1967. Henrik era conhecido antes como Henri-Marie-Jean-André, Conde de Laborde de Monpezat na França. O casal real tem dois filhos, o Príncipe Real Frederik (1967) e o Príncipe Joachim (1968).

Em 1995, o Príncipe Joachim se casou com a então Princesa Alexandra Christina Manley e, antes de se separarem em 2004, tiveram dois filhos: Príncipes Nikolai William Alexander Frederik (1999) e Felix Henrik Valdemar Christian (2002).

Em 2004, o Príncipe Real Frederik se casou com a Princesa Real Mary Elisabeth e tiveram quatro filhos: Príncipe Christian, Princesa Isabella, Príncipe Vincent e a Princesa Josephine.

A Rainha tem duas irmãs, a Princesa Benedikte que é casada com o Príncipe Titular Richard (Alemanha) e a Princesa Anne-Marie casada com o antigo Rei Constantinos da Grécia.